Os NFTs se baseiam na tecnologia blockchain. Como há muito o que falar sobre blockchain, veja a seguir uma breve descrição:

Blockchain é simplesmente um tipo de banco de dados, por vezes definido como um livro razão distribuído. Uma blockchain é, geralmente, ponto a ponto (peer-to-peer) e descentralizada (ou seja, pode ser hospedada em milhares de computadores diferentes), em vez de ser hospedada por uma autoridade central. E ela é considerada segura por conta de seu design, pois toda transação ou alteração nessa lista cada vez maior de registros precisa ser consistente com todos os computadores que hospedam o livro razão.

Um NFT é criado, ou “cunhado”, quando seu criador insere um identificador exclusivo em uma blockchain disponível publicamente. Os NFTs só podem ter um proprietário por vez. Portanto, quando o criador vende o ativo (ou transfere a propriedade dele de alguma outra forma), um novo registro é listado na blockchain designando essa transferência. O novo proprietário passa a ser o único proprietário e pode fazer o que quiser com o ativo. Essa propriedade é designada pelo ID exclusivo e por outros metadados específicos desse token (e apenas dele), e é necessário que o proprietário atual também possa ser verificado.

O proprietário de um NFT pode provar que detém a cópia original do ativo e, depois disso, optar por mantê-lo, vendê-lo ou licenciá-lo, como uma obra de arte reimpressa, por exemplo. Em alguns casos, um ativo licenciado (da mesma forma que uma obra de arte) renderá royalties para o criador, o proprietário ou ambos.

Também é importante lembrar que os NFTs dependem do conceito de escassez. No mundo real, geralmente, há apenas uma cópia de uma pintura famosa; seu valor é resultado de sua exclusividade e do fato de que o criador só fez uma versão dela.

No mundo dos ativos digitais, essa escassez também depende do criador. No entanto, o criador escolhe quantas versões deseja cunhar, determinando, assim, a escassez. No caso de ingressos para um show, um criador pode cunhar 500; no caso de obras de arte digitais, o criador pode optar por cunhar apenas uma cópia. Em ambos os casos, o valor também é resultado da escassez do ativo.